A Dieta Isenta de Glúten (DIG) consiste na evicção total do glúten. Este é o único tratamento aceite para a DC e por isso deve ser cumprido para toda a vida, de forma rigorosa.
O glúten é um conjunto de proteínas de origem vegetal presente no endosperma dos cereais trigo, centeio e cevada. O glúten é responsável pela elasticidade da massa e pela consistência esponjosa e fofa dos pães e bolos.
A eliminação do glúten permite que o intestino regenere por completo das lesões e o organismo recupere, traduzindo-se na diminuição dos sintomas, na melhoria dos parâmetros serológicos e histológicos e do estado nutricional do celíaco de forma geral. No entanto, nunca deve iniciar a DIG antes da confirmação do diagnóstico, evitando resultados inconclusivos com grande prejuízo para os doentes.
O cumprimento da DIG previne carências nutricionais e o desenvolvimento de outras patologias. Contudo, se houver reintrodução do glúten, mesmo que em pequenas quantidades, ocorre nova resposta inflamatória e os sintomas podem reaparecer. No entanto, mesmo que o celíaco não apresente sintomas de imediato, não significa que este deixe de ser celíaco.
Ao longo do tempo sugere-se uma vigilância clínica regular do celíaco, com monitorização dos parâmetros clínicos/nutricionais e laboratoriais, adequada a cada indivíduo.
As atuais definições internacionais do Codex Alimentarius definem os alimentos sem glúten com menos de 20 partes por milhão (ppm), o que significa que 1kg de produto pode ter até 20mg de glúten e ser considerado seguro para o celíaco. Desta forma, torna-se essencial garantir uma alimentação variada e equilibrada não se restringindo apenas aos produtos rotulados como “sem glúten”.
Tendo por base o padrão alimentar saudável ditado pela roda dos alimentos, o celíaco consegue garantir uma alimentação variada e equilibrada naturalmente isenta de glúten através dos alimentos presentes nos sete grupos. Assim, os alimentos que contêm glúten devem ser eliminados e substituídos pelos seus equivalentes sem glúten.